Apenas no estado do Rio de Janeiro, todo dia pelo menos uma pessoa é morta pela Polícia Militar. No Brasil, diariamente, o Estado tira a vida de centenas de pessoas, em sua maioria jovens, negros e pobres. E, sabemos, quem atira também morre. Para cada quatro vítimas da polícia, um policial foi assassinado em 2013. Neste ano, a média de homicídios bateu recorde histórico, superando países em guerra.
O vandalismo de Estado durante as manifestações ampliou este debate. Porém, apesar da multidão de Claudias, Amarildos e Douglas que aumenta a cada hora, o genocídio oficial tornou-se banal. Em sua maioria ignoradas ou, pior, estimuladas pela grande mídia, os ‘homicídios decorrentes de intervenções policiais’ encontram respaldo em falas como “direitos humanos para humanos direitos”.
Para trabalhar os dados existentes sobre essa realidade e pensar em projetos com o uso da tecnologia, será realizado no Rio de Janeiro o “Hackday Violência Policial” nesta quinta-feira, 11 de dezembro, às 18h30, no Olabi, que fica na Rua Barão de Lucena, 85A, Botafogo.
A ideia deste hackday é reunir pesquisadores, programadores, jornalistas, ativistas e quaisquer interessados para colocar a mão na massa, destrinchar a lógica do sistema de segurança pública brasileiro e evidenciar a urgência de mudanças. Como podemos produzir juntos ações para estimular a sensibilidade com o tema e o respeito à vida?
Quem for participar, por favor, confirme a presença neste evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1553809231523002
Quem quiser enviar ideias sobre informações públicas e bases de dados que podemos utilizar ou outras atividades que podemos fazer no Hackday: https://pad.riseup.net/p/hackdayrio