O Bom Dia Brasil segue mostrando diferentes maneiras de o cidadão participar da democracia, além do voto; veja a importância da fiscalização.
Por Bom Dia Brasil
Após as eleições, o cidadão pode conferir o trabalho de seu candidato eleito. Com ajuda de aplicativos, pela internet ou por organizações da sociedade civil, é possível ver se estão cumprindo o prometido durante as campanhas eleitorais.
O voto é o ato mais simbólico de uma democracia, mas não significa uma carta branca para os representantes. Tão importante quanto o direito de ir à urna é o de poder fiscalizar, acompanhar o trabalho de quem foi eleito.
A professora Elizabete Araújo foi à Assembleia Legislativa de São Paulo para visitar o candidato que havia votado na eleição passada. Segundo a professora, “poucas pessoas têm esse cuidado, acho que deveriam ter assim um compromisso maior com democracia, com cobrança”.
Tornar a informação visível, fazendo da transparência regra e do sigilo, exceção. Foi com esse objetivo que a Lei de Acesso à Informação entrou em vigor, há 10 anos. Ela abriu espaço para que qualquer cidadão solicite, de órgãos oficiais, informações de interesse público, como contas e contratos.
Desde 2012, o governo federal recebeu mais de um milhão de pedidos de informação e atendeu 68% deles. A Transparência Brasil usa essa lei para fiscalizar o andamento de obras, como a construção de creches e escolas com dinheiro federal. Marina Iemini Atoji, gerente de projetos da Transparência Brasil, fala sobre a importância do trabalho.
“Cria um canal direto de comunicação por meio dos pedidos de acesso à informação e expõe muito do que está sendo feito ou não está sendo feito pelo governo ou pelo poder público com a divulgação de informações ativamente”, diz Marina.
A organização também conta com uma rede de voluntários. Qualquer pessoa pode fazer contato e receber, pelo WhatsApp, uma lista de obras próximas de onde mora. O levantamento apontou que 2530 escolas e creches estão atrasadas em todo o país.
Uma delas fica no Rio Grande do Sul, que deveria ter ficado pronta em 2017. Samara Leal, dona de casa, falou sobre sua insatisfação: “a gente se inscreve e espera, aí tu liga, liga e dizem que não tá pronta”.
Em São Paulo, o objetivo do projeto “Querido Diário” é transformar em algo mais íntimo da gente uma publicação fundamental, mas difícil de ler: o Diário Oficial. Fernanda Capagnucci, diretora da Open Knowledge Brasil lembrou que o veículo é um meio de comunicação importante na vida de um município.
“As nomeações, as desonerações, as compras públicas, as leis, tudo tem que passar pelo diário oficial para ter validade. É quase uma coisa assim só para constar porque as pessoas elas não leem aquilo enquanto tomam café da manhã”, lembra Fernanda Capagnucci.