Proporção de capitais que não disponibilizam dados básicos sobre a pandemia volta ao patamar de 54%; infraestrutura de saúde ainda é maior desafio
→ Capitais mantêm ritmo lento de abertura de dados e retrocedem no ITC-19. 54% não publicam dados mínimos para acompanhamento da pandemia nos municípios.
→ Macapá (AP) se junta a Manaus (AM) e é a segunda capital a atingir 100 pontos no ITC-19.
→ Abertura de dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave avança nas capitais, mas mais da metade (52%) ainda não publica dados sobre a condição.
→ Mais capitais passam a disponibilizar dados de Raça/Cor (54%) e Etnias indígenas (15%) dos casos de Covid-19 confirmados.
A transparência das capitais sobre os dados da pandemia diminuiu na última quinzena. É o que mostra o 4º Boletim do Índice de Transparência da Covid-91 nas Capitais. Em relação a edição anterior, 4% delas deixaram de informar dados suficientes para o acompanhamento do alastramento da doença, caindo de 54% para 50% (mesmo percentual identificado no segundo boletim do ITC-19).
ITENS COM MENOR TAXA DE ATENDIMENTO
A baixa taxa de atendimento de itens relacionados a ocupação de leitos e testagem mostra que a opacidade de dados sobre infraestrutura de saúde permanece o maior desafio das capitais. Outro aspecto preocupante é a parca disponibilidade de microdados completos e de informações em formato aberto, o que dificulta a realização de pesquisas mais aprofundadas.
Embora o boletim marque a chegada da segunda capital (Macapá) aos 100 pontos do ranking, a maioria dos municípios manteve o ritmo lento de disponibilização de novos dados sobre Covid-19. Os limites de publicidade institucional em decorrência da aproximação das eleições acendem um alerta para a possibilidade de ocultação de dados sobre a pandemia. Ao menos três cidades (Campo Grande, Porto Velho e São Paulo) já sofreram alterações, com impactos diferentes: enquanto em Campo Grande a migração de conteúdo representou uma redução de 18 pontos no desempenho no Índice, Porto Velho saltou 16 pontos no ranking. São Paulo permaneceu com a mesma pontuação.
O incremento na transparência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi o maior destaque desta avaliação, com aumento de 14% na disponibilidade essas informações. Dentre as 14 capitais que publicam dados sobre SRAG, 11 informam óbitos relacionados à condição. Já os dados demografia, disponíveis abaixo, mostraram pouco avanço:
Confira abaixo o gráfico de evolução das capitais em cada categoria entre as duas últimas rodadas de avaliação.
A quarta rodada de avaliações das capitais foi feita a partir dos dados disponíveis em 26 de agosto.
A próxima avaliação da transparência das capitais está prevista para o dia 11 de agoto. Na semana que vem você confere a quinta rodada de avaliação do ITC-19 2.0 sobre os estados.
Downloads:
#4º Boletim completo do Índice de Transparência Covid-19 2.0
Base de dados completa com a avaliação detalhada de cada ente.
Nota metodológica com o detalhamento dos critérios de avaliação.
Mais informações no site: transparenciacovid19.ok.org.br