Por Ariel Kogan*
O Brasil e o mundo estão passando por uma crise estrutural na forma como os governos trabalham com a sociedade. As diversas manifestações que aconteceram nos últimos anos demonstraram não só o anseio da população por mais eficiência dos serviços públicos, mas também seu interesse em um governo mais transparente e responsável. A população mundial anseia aproximar-se dos governos, por meio de mecanismos que possibilitem não apenas o controle social, mas também a construção de soluções criativas sobre o que é de interesse público.
Acreditamos que a tecnologia, a internet, e as ferramentas que surgem em um ambiente hiperconectado, nos oferecem uma oportunidade única para a construção de um novo ecossistema de participação e incidência política. E, assim, para que isso possa acontecer, qualidade e acesso à informação pública são peças fundamentais.
Atualmente, os cidadãos têm acesso a mais dados do que nunca. Durante a última década, a Open Knowledge tem desempenhado um papel chave na promoção global de boas práticas e na qualificação de dados governamentais abertos. No entanto, percebe-se que dados abertos só têm valor quando relevantes para as preocupações dos cidadãos e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
A boa qualidade dos próprios dados públicos é um passo fundamental para o progresso nos indicadores econômicos, sociais e ambientais.
Nesse contexto, o desenvolvimento do Open Data Index no Brasil, em parceria com o DAPP-FGV, surge como oportunidade de construirmos uma ferramenta para fortalecer a capacidade de incidência da sociedade civil e para provocar mudanças e avanços nas políticas de transparência, abertura de dados e prestação de contas dos governos.
É fundamental entender, também, como os governos decidem e gastam o dinheiro público para poder participar desse processo de maneira cada vez mais qualificada. Ao final, o que não estiver previsto no orçamento dificilmente será realizado. Nesse sentido, o projeto Gastos Abertos foi criado para ser uma ferramenta para indivíduos e grupos que desejam discutir e investigar informações sobre orçamento público, incluindo jornalistas, acadêmicos, ativistas e gestores públicos.
Essas iniciativas fazem parte do principal objetivo da Open Knowledge Brasil que é a melhoria contínua da qualidade de vida de todas e todos. Acreditamos que, para isso, é fundamental o desenvolvimento de ferramentas, metodologias, conhecimento e espaços online e offline para promover e ajudar na construção de uma cidadania melhor informada e mais ativa.
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* Ariel Kogan é diretor-executivo da Open Knowledge Brasil.