Plataforma para monitoramento de políticas públicas ambientais será lançada durante o evento; inscrições vão até 25/08
Entre os dias 31/08 e 02/09, acontece o Coda Amazônia, edição regional da Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais, considerada o principal evento de jornalismo de dados da América Latina.
Em sua segunda edição, o evento reunirá profissionais de comunicação, cientistas de dados, acadêmicos e pessoas de comunidades da Amazônia Legal.
Serão mais de 40 horas de atividades gratuitas entre painéis (com transmissão online), workshops, trilhas formativas e minicurso. Serão abordados assuntos como uso de dados na comunicação comunitária da Amazônia, desafios da cobertura jornalística sobre justiça climática, segurança digital de jornalistas e defensores de direitos humanos e ambientais, entre outros.
Entre os painelistas e oficineiros confirmados estão Edilma Prada, jornalista investigativa colombiana e co-fundadora do Agenda Propia; Bianca Muniz, da Agência Pública; Juliana Mori, Thays Lavor e Carolina Dantas, do InfoAmazonia; Lucas Thaynan, jornalista de dados do Estadão e da Agência Tatu; Rafael Moro, da Sumaúma ;Tatiana de Freitas, do coletivo Meninas da Geo, e Mariane Castro, do Observatório do Marajó.
A programação dos dois primeiros dias acontece na Universidade Federal do Pará, em Belém. No dia 02/09, as atividades serão realizadas na Universidade do Estado do Pará (UEPA), no campus de Salvaterra, reunindo pessoas de comunidades quilombolas dos municípios de Salvaterra, Soure, Muaná, Afuá, entre outros.
Os painéis dos dias 31/08 e 01/08 serão transmitidos pelo canal da Escola da Dados no YouTube.
As inscrições para participar presencialmente do evento são gratuitas e podem ser feitas até 25/08 por meio deste formulário. A programação completa está disponível no site da conferência.
“Realizar a segunda edição deste evento, com a participação da comunidade amazônica, que fez questão de promover atividades no seu próprio território, compartilhando saberes e formas de se relacionar com os dados, mostra que o Coda Amazônia já se consolidou como um espaço de troca, desenvolvimento e reflexão de questões urgentes”, afirma a coordenadora da Escola de Dados, Jamile Santana.
O Coda Amazônia 2023 é uma iniciativa da Escola de Dados, eixo educacional da Open Knowledge Brasil (OKBR), em parceria com Fundação Escola Bosque (Funbosque); Observatório do Marajó; Wiki Movimento Brasil; Faculdade de Comunicação e Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O evento conta com patrocínio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br); do Centre for Investigative Journalism (CIJ), a partir da Open Climate Report Initiative; da rede Internews, por meio do projeto Conservando Juntos, liderado pela Wildlife Conservation Society (WCS), com apoio da USAID; da iniciativa Vozes pela Ação Climática Justa (VAC); e da Google News Initiative; e com o apoio da Lavits; do Pulitzer Center; e da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus Salvaterra.
Diário do Clima
Além de uma programação maior que a do ano passado e da realização de parte das atividades em Salvaterra, outra novidade desta edição é o lançamento do Diário do Clima, um dos oito projetos brasileiros selecionados no Desafio de Inovação da Google News Initiative na América Latina.
A ferramenta, que vai monitorar informações sobre clima e meio ambiente nos diários oficiais dos municípios, é uma iniciativa da OKBR junto a cinco outras organizações: Agência Envolverde, Colabora – Jornalismo Sustentável, Eco Nordeste, InfoAmazonia e O Eco.
Atualmente, a plataforma integra 91 municípios, em todas as regiões do Brasil – número que deve crescer nos próximos meses –, sendo 25 na Amazônia Legal, região cuja população – 49 milhões – é altamente afetada pelas mudanças climáticas. A ferramenta tem potencial para apoiar jornalistas, pesquisadores, organizações da sociedade civil e poder público na formulação de soluções para os desafios relacionados ao clima e ao meio ambiente.
“Grande parte dos municípios brasileiros não têm portais de transparência e de dados abertos, especialmente sobre meio ambiente, e o diário oficial acaba sendo a principal fonte de informação. Seria inviável fazer essa busca em cada um deles, pelas inúmeras barreiras de acesso. Nesse sentido, o Diário do Clima permite descobrir histórias que estão acontecendo ou acabaram de se tornar públicas, como editais, infrações ambientais ou novas regras sobre o tema. É um celeiro de pautas a explorar”, explica Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da Open Knowledge Brasil.
Credenciamento da imprensa
Jornalistas interessados em realizar a cobertura do Coda Amazônia 2023 podem se credenciar pelo e-mail amandaproetti@corcovadoestrategica.com.br até 29 de agosto.
Sobre a OKBR
Fundada em 2013, a Open Knowledge Brasil desenvolve projetos que beneficiam milhares de pessoas e impactam políticas públicas em quatro linhas de atuação: Advocacy e Pesquisa, Escola de Dados, Ciência de Dados para Inovação Cívica e Parcerias e Serviços. Também conhecida como Rede pelo Conhecimento Livre, é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos e apartidária que desenvolve e incentiva o uso de tecnologias cívicas e de dados abertos, realiza análises de políticas públicas e promove o conhecimento livre para tornar a relação entre governo e sociedade mais transparente e participativa.