Por Ariel Kogan*
A Open Knowledge Brasil (OKBr) vem construindo um caminho autêntico, inovador e desafiante desde 2013. Destaco, aqui, duas frentes. A primeira, com foco em transformar e ajudar a construir uma sociedade mais aberta, transparente, justa e colaborativa. E a segunda, no caminho de um modelo organizacional que dialogue e seja coerente com estes desafios e com a missão da OKBr.
Nesse sentido, precisamos agradecer e parabenizar um dos atores principais (pessoalmente, acredito que seja o ator principal dessa construção), o Everton Zanela Alvarenga, conhecido como Tom. Com seus erros e acertos (mais acertos!), ele desenvolveu um excelente trabalho e conseguiu erguer uma organização do zero, que atualmente é reconhecida no Brasil e no mundo.
No começo de junho de 2016, Tom decidiu deixar a direção executiva da organização. Foi aí então que ele juntamente com o conselho deliberativo da Open Knowledge Brasil fizeram o convite para que eu assumisse esse cargo. Aceitei o convite, principalmente pelo potencial de transformação e impacto que sempre enxerguei na missão e na estratégia de atuação da organização no mundo, e que estamos construindo no Brasil.
Em quase três anos de existência, é importante destacar que tivemos avanços consideráveis nesse processo de construção. Foram criados processos internos de transparência, prestação de contas, participação e colaboração. Contudo, ainda temos um caminho longo para construir esse modelo de organização ideal. Não é fácil conciliar participação e colaboração com execução, resultados e prestação de contas aos financiadores.
A OKBr conseguiu participar ativamente de diversas agendas prioritárias para o país, como transparência e governo aberto, construção de portais de dados abertos, padrões abertos para dados de orçamento público, processos participativos no nível local, ciência aberta, lei de acesso à informação pública, Marco Civil da Internet, entre outros. Apesar disso, em muitos momentos, essa participação não tem sido continuada. Precisamos que isso aconteça, principalmente com um acompanhamento dos processos e seus resultados. Temos que construir processos e/ou projetos de médio e longo prazo que permitam avaliar o nosso impacto em determinada causa.
Aqueles que já me conhecem sabem que não gosto de falar muito. Prefiro fazer e deixar um bom legado pelos espaços por onde transito. Vou ajudar a construir um planejamento de médio/longo prazo que faça sentido para a organização e para a comunidade em torno dela.
Além disso, entre as principais metas, quero estruturar alguns projetos que acredito estratégicos, como o Índice de Dados Abertos no nível local (Open Data Index) e também conseguir recursos que permitam um respiro para a organização se estruturar melhor: uma estrutura enxuta, leve, inteligente, que consiga dar o apoio necessário para os projetos e para a comunidade.
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Acompanhe o Planejamento da OKBr 2016-2018, que está em construção.
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- Ariel Kogan é diretor-executivo da Open Knowledge Brasil. Coordenador do Voto Legal. Consultor do AppCivico. Engenheiro industrial pela Universidad Nacional de Cuyo (Argentina) e ENISE (França). Foi consultor do AsBoasNovas.com e Maker Brands, pesquisador do Programa Cidades Sustentáveis da Rede Nossa São Paulo (Brasil) e membro da Comissão de Indicadores da Rede Latino-Americana por Cidades justas, democráticas e sustentáveis. Membro da Rede de pesquisadores do Centre for Research on Direct Democracy (C2D) na Suíça. Membro do Conselho Criativo do Minha Sampa.
Contato: ariel@ok.org.br