Quando foi iniciada, o principal objetivo da Operação Serenata de Amor era auditar contas públicas e auxiliar no controle social. A ideia partiu do cientista de dados Irio Musskopf, como forma de participar ativamente do processo democrático, fiscalizando os gastos públicos. Ao compartilhar a ideia com amigos, não demorou muito para o projeto ganhar força. Inicialmente com um time formado por 10 pessoas, rapidamente a Serenata atingiu reconhecimento internacional e colaboradores do mundo todo.
O projeto surgiu com o objetivo de desenvolver uma Inteligência Artificial (IA), batizada de Rosie, focada em fiscalizar reembolsos efetuados pela Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) – verba que custeia alimentação, transporte, hospedagem e até despesas com cultura e assinaturas de TV dos parlamentares.
Em cinco anos, mais de 3 milhões de reembolsos foram analisados pela Rosie e mais de 17.700 suspeitas foram identificadas. Mais de 600 denúncias feitas à Câmara dos Deputados, 134 reembolsos foram cancelados e R$50.569,18 foram devolvidos aos cofres públicos. E a Rosie segue tuítando até hoje!
Ao longo do projeto, a operação ganhou espaço em eventos e palestras no mundo inteiro, e teve um grande destaque na mídia, sendo divulgada por mais de 90 veiculações, incluindo as maiores do país, como Fantástico, Jornal Nacional e Folha de S. Paulo, além de uma grande relevância no cenário de controle social no Brasil.
Atualmente o legado se mantém sob a gestão do eixo de Inovação Cívica da Open Knowledge Brasil (OKBR). Desde então, foram lançadas várias iniciativas que estenderam a ideia original de usar tecnologia e dados abertos para ampliar o acesso à informação e fortalecer a democracia. Um exemplo é o Querido Diário, que atua pela transparência na esfera municipal. Também foi criada a Rede de Embaixadoras que colabora para espalhar o conceito de inovação cívica pelo país.
Ingresse no Discord da OKBR para conversar sobre a Operação Serenata de Amor e os outros projetos de inovação cívica junto à comunidade.