Todas as 26 capitais foram contatadas para fornecer fontes de dados, pontos focais e outras informações de governança; processo de preparação da equipe de pessoas avaliadoras também já começou
A Open Knowledge Brasil (OKBR) iniciou a avaliação do Índice de Dados Abertos para Cidades (ODI Cidades) 2023, estudo que vai mapear, de forma inédita, a disponibilidade e a qualidade dos dados abertos nas capitais brasileiras. Em 13/6, todas as 26 capitais receberam um ofício informando sobre a iniciativa, seus objetivos e a íntegra da nota metodológica.
Juntamente com os documentos, a OKBR enviou um formulário para que as cidades pudessem fornecer as fontes de dados a serem consideradas na avaliação e seus pontos focais para interlocução ao longo do processo, além de informações fundamentais sobre as políticas locais de dados abertos que serão avaliadas na dimensão de Governança de Dados. O prazo inicial para resposta era 23/6, mas com a ausência de devolutiva de algumas prefeituras, ele foi prorrogado até o dia 28. Ao final, 16 capitais responderam o formulário com as informações solicitadas. Como previsto na metodologia, para as 10 que não forneceram as informações solicitadas, a OKBR considerará dados publicados nos Portais da Transparência, outros sites nele referenciados e Portais de Dados Abertos, quando houver.
Equipe de avaliadoras em preparação
Em 4/7, a OKBR realizou a primeira formação com as pessoas avaliadoras, que serão responsáveis pela coleta e análise de dados nas capitais. O encontro foi conduzido pela equipe de Advocacy e Pesquisa, eixo da OKBR que coordena a iniciativa, e abordou a metodologia, procedimentos e instrumentos de coleta, além de aspectos práticos do processo e exercícios de preparação.
A equipe de pessoas avaliadoras foi selecionada a partir de uma chamada pública ocorrida em maio. Dentre cerca de 600 candidaturas, 12 pessoas foram selecionadas a partir de critérios de diversidade e experiências com dados abertos, coleta, uso e manejo de dados, transparência e governo aberto. Veja quem está nesse time:
- Agnes Cruz, de Campinas/SP
Jornalista de formação e doutoranda em linguística aplicada pela Universidade Estadual de Campinas, com tese sobre Ativismo de Dados e Justiça Reprodutiva; - André Moraes, de Manaus/AM
Bacharel em Geografia e mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas; - Beatriz Gonçalves, de São Paulo/SP
Arquiteta e urbanista pela Universidade de São Paulo; - Bruna de Arantes, de Piracicaba/SP
Licenciada e bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista, mestre e doutora em Recursos Florestais pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo; - Catarina de Araújo, de Recife/PE
Bacharel em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco; - Felipe Carvalho, de São Paulo/SP
Economista pela Universidade Estadual de Maringá e mestre em Planejamento e Gestão do Território pela Universidade Federal do ABC; - Gleiciane de Souza, de Recife/PE
Cientista social pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco e doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia; - Juliana Martins, de Belo Horizonte/MG
Historiadora pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, mestre e doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais, com tese que aborda a publicação de dados culturais sob a ótica da web semântica; - Juliana Munhoz, de São Paulo/SP
Bacharel e mestre em Geografia pela Universidade de São Paulo, com especialização em geoprocessamento pela Universidade Federal de São Carlos e MBA em Gestão de Projetos pela Universidade de São Paulo; - Laiane de Freitas, de Uberlândia/MG
Bacharel e mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia; - Victoria Moura, de Florianópolis/SC
Bacharel em Administração Pública pela Universidade do Estado de Santa Catarina; - Virna Weber, de Fortaleza/CE
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará.
Próximos passos
O processo formativo com as pessoas avaliadoras se estenderá pelas próximas semanas, para em seguida dar início as etapas de coleta, checagem e sistematização de dados, que levarão cerca de três meses. A divulgação dos resultados do ODI Cidades 2023 está prevista para dezembro deste ano.